segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Meninas da Guerra

Enviado por Fernando Moreira -
2.11.2009
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13h46m

Rússia: meninas de 11 anos treinam com fuzis e granadas em escolas

A tradição militarista da Rússia parece garantida por várias gerações. Escolas militares no maior país do mundo estão deixando meninas de 11 anos íntimas de fuzis, pistolas e granadas.

Um dos centros de treinamento patriótico se dá nos arredores de Moscou. Lá, acredita o premier Vladimir Putin, será forjado um novo modelo de cidadão para a nova Rússia. E ele deve ter motivos de sobra para estar confiante: exemplo de dedicação, a aluna Nastya Grechyshnikova, de 11 anos, ficou em êxtase ao manipular um fuzil AK-47 pela primeira vez.

"Ele é muito pesado. Preciso deixar os meus braços mais fortes e fortalecer os músculos para usá-lo. Preciso de dois dedos para puxar o gatilho", contou a filha de policial, conforme reportagem do "Sun".

Muito do êxtase de Nastya, que não viveu o clima sombrio da Guerra Fria, vem da recente vitória russa no conflito contra a Geórgia. Putin espera capitalizar o triunfo, incentivando o recrutamento e a lapidação de novos líderes. As meninas são escolhidas depois de testes rigorosos. Na escola, além de se tornarem experts em armamentos, as alunas são treinadas duramente em autodefesa e no combate a terroristas. Maquiagem é proibida; celular só uma vez por semana, para que elas falem com os pais - geralmente para contar suas façanhas com fuzis Kalashnikov e pistolas Makarov.

"Alguns veteranos da Segunda Guerra vieram nos ver recentemente. Eles estavam interessados em conhecer o que estamos estudando e nos contar sobre aquele período. Os alemães não tinham piedade de ninguém, nem de crianças, mulheres e idosos. Não quero que isso aconteça de novo", disse Nastya.

Impressionante. Como diria Renato Russo: o futuro não é mais como era antigamente.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bactérias transformam CO2 em combustível2009.12.14
SÃO PAULO - Pesquisadores americanos modificam geneticamente uma bactéria para que ela passe a consumir CO2 e produzir combustível.

Na Universidade da Califórnia – Los Angeles, a equipe liderada por James C. Liao criou uma cianobactéria que, a partir de dióxido de carbono, libera o combustível líquido isobutanol, que pode ser uma alternativa à gasolina.

A equação da produção do isobutanol é bastante simples, uma vez que tudo o que a cianobactéria precisa é de um pouco de sol e CO2 – elementos abundantes no nosso planeta. Outra vantagem é o fato do combustível poder ser utilizado em grande parte da infra-estrutura já existente, incluindo a maioria dos automóveis.

Para tornar este método de reciclagem de CO2 possível, os cientistas melhoraram geneticamente a cianobactéria Synechoccus elongatus, aumentando nela a quantidade da enzima RuBisCo - justamente a responsável pela fixação de CO2.

O próximo passo foi juntar genes de outros microorganismos para construir uma espécie que consumisse o dióxido de carbono e, por meio da fotossíntese, produzisse o gás “isobutyraldehyde”. A bactéria criada pode produzir o combustível diretamente, mas por enquanto os pesquisadores preferem usar um catalisador químico para converter o gás em isobutanol.

O local ideal para este sistema seriam usinas que emitem dióxido de carbono, permitindo que os gases fossem capturados e já transformados em combustíveis antes de serem lançados na atmosfera.

A pesquisa, publicada na Nature Biotechnology , ainda precisa ser adaptada para chegar ao mercado – e os pesquisadores trabalham em dois principais problemas: melhorar a eficiência da luz e reduzir os custos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cientistas do Japão criam imagens 3D "tocáveis"


Imagine um interruptor de luz ou um livro que aparece somente quando você precisa dele. Cientistas japoneses estão um passo mais próximo de tornar a ficção realidade depois de desenvolverem um holograma que transmite sensação de toque.

"Até agora, a holografia era apenas para os olhos e se você tentasse tocar, sua mão passaria através da imagem direto", disse Hiroyuki Shinoda, professor da Universidade de Tóquio e um dos criadores da tecnologia.

Reuters

Cientistas da Universidade de Tóquio desenvolveram sistema que ajuda a criar sensação de toque por meio de ondas ultrassônicas

Cientistas da Universidade de Tóquio desenvolveram sistema que ajuda a criar sensação de toque por meio de ondas ultrassônicas

"Mas agora temos uma tecnologia que também transmite a sensação de toque aos hologramas."

Hologramas, imagens em três dimensões, são comumente encontrados em cartões de crédito, DVDs e CDs como forma de coibir pirataria. Hologramas de grande formato também têm sido usados em entretenimento.

Por meio de ondas ultrassônicas, os cientistas desenvolveram um sistema que ajuda a criar pressão quando a mão do usuário "toca" um holograma projetado.

Para acompanhar a mão do usuário, os pesquisadores usaram alavancas de controle derivadas dos joysticks do console de videogame Wii, da Nintendo.

A tecnologia até agora foi testada em objetos relativamente simples, mas os cientistas têm planos mais práticos, incluindo botões virtuais em hospitais, por exemplo, e em outros lugares onde a contaminação por toque é um problema.

Shinoda também afirmou que a tecnologia pode ser usada para substituir outros objetos físicos, o que a torna econômica e ambientalmente amigável.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Imigração ilegal

A Justiça do Arizona, nos Estados Unidos, condenou um ativista de direitos humanos que deixava galões de garrafas plásticas de água na fronteira com o México para prestar assistência a imigrantes entrando no país ilegalmente.

Walt Staton, da organização No More Deaths (Sem mais mortes, em tradução livre), foi condenado por poluir a reserva nacional de Buenos Aires, perto de Tucson, no sudoeste do país.


Grupo americano "No More Deaths" auxilia imigrantes
ilegais que cruzam a fronteira / Divulgação

Ele terá de cumprir pena de um ano em liberdade condicional, durante o qual deve completar 300 horas de trabalho comunitário recolhendo lixo.

A sentença, entretanto, reflete pouco do acirramento de ânimos que o caso gerou, para além da questão ambiental.

Os procuradores federais haviam pedido que o ativista fosse multado em US$ 5 mil e condenado à prisão em liberdade condicional de cinco anos. Na peça de acusação, eles notaram que o grupo escrevia, em espanhol, as palavras "Buena suerte".

"A conclusão óbvia é que o réu e o grupo No More Deaths querem ajudar imigrantes ilegais em sua tentativa de entrada", disseram. "Suas ações não foram uma questão de esforço humanitário, mas de protestar contra as políticas migratórias dos Estados Unidos."
Para os acusadores, Staton "acidentalmente deixou água para imigrantes ilegais, narcotraficantes e criminosos perigosos".

'Politização'

Staton, por sua vez, se recusou a pagar a multa de US$ 175 e insistiu no julgamento, que custou cerca de US$ 50 mil e gerou um grande debate público.

Durante o processo, outras organizações escreveram à Justiça em defesa de Staton, afirmando que é a política americana - e não as garrafas de plástico - a maior ameaça ao meio-ambiente ao longo da fronteira EUA-México.